O Internacional deve um pedido de desculpas. Não a sua torcida. Não a seu país. Mas sim a seu continente. Não há qualquer desculpa para uma equipe brasileira ser derrotada por uma equipe do Congo. Vamos parar com multiculturalismos. O Mazembe no Brasil disputaria com boa vontade a Série B. Também não dá para alegar que isso é normal, um time de Série A pode perder para um de Série B. Sim, se o Mazembe já não tivesse aprontado contra o Pachuca. E se esse não fosse o jogo mais importante dos últimos 4 anos para o Colorado.
Faltou inteligência, faltou qualidade, faltou entrosamento. Sobrou soberba. O Inter teve um Brasileirão praticamente inteiro para se estruturar, mas chegou ao Mundial com um time indefinido. Mesmo assim, achou que seria fácil. Escalou Rafael Sóbis muito longe da forma que um dia teve. À frente de sua zaga comum e de seu goleiro ruim colocou um volante meia-boca - além de Guiñazú. Imaginou que contra o Mazembe até Alecsandro resolveria.
Em 2005, quando venceu o Mundial contra o Liverpool, o São Paulo demorou para achar o caminho da vitória contra o Al ittihad. Mais ainda sofreu o próprio Inter em 2006 contra o Al-Ahly. Não havia nenhuma desculpa para abordar esse jogo de maneira desleixada.
Que pelo menos peça desculpas à América, que pela primeira vez desde que a Copa intercontinental foi inventada não estará na final do Mundial de Clubes. Uma vergonha sem precedentes.
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